Inclusão e tratamento de pessoas com deficiência são tema do Fórum Permanente de Saúde da Câmara

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Fonte: Câmara Municipal de Americana
foto: Divulgação

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A Câmara Municipal de Americana realizou na quarta-feira (22) a 9ª reunião do Fórum Permanente da Saúde, instituído pelo Decreto Legislativo nº 960/2021, de autoria do vereador Silvio Dourado (PL). O fórum reúne representantes de diversos segmentos da sociedade para debater e buscar soluções conjuntas nas esferas pública e privada para a saúde pública do município. O tema desta edição foi a inclusão e o tratamento das pessoas com deficiência.

 

Participaram do encontro o presidente do Fórum, vereador Silvio Dourado, o vereador Leco Soares (Podemos), o secretário-adjunto da secretaria municipal de Saúde, Fábio Joner, a assistente social da secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Janaína de Freitas Oliveira, o presidente da Fusame, Fábio Beretta Rossi, a diretora administrativa da secretaria Municipal de Saúde, Luciara de Nadai Dias, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, José Francisco Lembo, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Renato Monteiro, a psicóloga da APAE Americana, Priscila Gobetti, e o neuropsicólogo Iveraldo Alves, além de população interessada no tema.

 

Durante o debate, o vereador Silvio Dourado apontou a importância de ações do poder público para a promoção da acessibilidade. “Aprovamos a lei de obrigatoriedade de brinquedos e aparelhos de ginástica adaptados nas praças públicas da cidade, nós precisamos fomentar essa ideia. Os espaços precisam ser inclusivos para que todos possam ter garantido seu momento de lazer, de prática esportiva e convívio familiar. Tenho certeza de que estamos caminhando nesse sentido”, comentou o parlamentar.

O vereador Leco Soares falou sobre a lei de sua autoria que visa garantir a inclusão de pessoas com deficiências ocultas. “É muito importante ouvir e aprender com esses profissionais, para que nós possamos propor intervenções. As deficiências ocultas são obstáculo, como o autismo e a deficiência auditiva, porque essas pessoas acabam sendo discriminadas ao usufruir dos direitos previstos na Constituição. Por isso aprovamos uma lei nesta Casa para estimular a adoção de um símbolo universal nas vagas e filas preferenciais, já que o atual leva à interpretação errônea”, pontou.

A diretora administrativa da secretaria de Saúde falou a respeito da elaboração de políticas públicas, programas de saúde e estratégias de inclusão social. “No Brasil, 23,9% da população tem algum tipo de deficiência, isso representa quase 46 milhões de pessoas. Nós concluímos que a ausência de rampas, elevadores ou plataformas acessíveis em lugares públicos e privados se torna uma barreira para a qualidade de vida dos brasileiros com condições reduzidas de acessibilidade. Precisamos caminhar no sentido de termos atendimento humanizado e capacitado e serviços especializados nos órgãos públicos do nosso município”, explicou Luciara.

A psicóloga da APAE Americana, Priscila Gobetti, destacou que o maior desafio da instituição é encontrar profissionais da psicologia e terapia ocupacional para atuar com esse público. “Hoje a APAE tem em torno de 1500 usuários, a maioria na área da saúde, e eu trago a importância da avaliação psicológica. A nossa fila de espera diminuiu, de 600 para 380 pessoas, mas por desconhecimento de alguns profissionais nós recebemos pessoas com diagnóstico de TDAH, que não são público-alvo. Trabalho multidisciplinar com plano terapêutico individual faz toda diferença, com integração de escola, família, cuidadores e da comunidade em geral, a fim de combatermos os estigmas ligados às pessoas com deficiência”, falou.

De acordo com o neuropsicólogo Iveraldo Alves, 40% das pessoas identificadas com autismo podem ter dois ou mais transtornos, como ansiedade, depressão, dislexia ou TDAH. “Eu venho até o fórum para falar sobre a dinâmica de diagnóstico do autismo. O trabalho é no sentido de desenvolver habilidades para que as pessoas consigam conviver sem se sentirem afetadas em suas sensibilidades sensoriais. Não temos na literatura nenhum tipo de exame médico para identificar o transtorno, apenas de forma observacional ou clínico, então é fundamental termos profissionais extremamente capacitados”, apontou.

O Fórum

 

O Fórum Permanente da Saúde tem como objetivo reunir informações, promover debates e realizar estudos a respeito da situação da saúde em Americana e elaborar, discutir e propor iniciativas legislativas ao setor, identificando problemas e traçando sugestões de planos de ação ao Poder Executivo.

 

O grupo de trabalho realiza encontros periódicos, a cada três meses, para levantar as necessidades em comum dos diversos segmentos envolvidos. “Grandes são as demandas da saúde, então pretendemos conversar sobre as realidades de cada setor e unir as competências”, destacou o parlamentar.

 

Participam do Fórum representantes da Câmara Municipal, secretaria municipal de Saúde, Fusame (Fundação de Saúde de Americana), Conselho Municipal de Saúde de Americana, Associação Paulista de Medicina, hospitais particulares e planos de saúde, universidades e convidados.

 

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