À espera do STF, Lira segura PEC, pressiona a favor de aliados e Lula adia formação do governo

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Presidente eleito só quer definir pastas para partidos após Congresso liberar recursos para o Bolsa Família

A indefinição sobre a legalidade do Orçamento secreto, cujo julgamento continua nesta quinta-feira no Supremo, levou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a adiar a votação da PEC da Transição, que libera recursos para o aumento do Bolsa Família, e tem impactado também na formação do futuro governo Lula. Enquanto espera o resultado no Supremo, Lira tem se movimentado para garantir espaços a aliados na próxima gestão. Lula, por sua vez, preferiu empurrar a distribuição de ministérios entre os partidos aliados para depois da aprovação da PEC.

Na Câmara, petistas e deputados do Centrão admitem reservadamente que Lira só pretende entregar votos à PEC da Transição se houver a garantia de espaço robusto no governo a aliados. O impasse afeta diretamente a formação do ministério, já que Lula quer a garantia de que terá recursos para pagar o Bolsa Família de R$ 600 antes de atender a pleitos de parlamentares.

Segundo O GLOBO apurou, Lira defende, por exemplo, a indicação do deputado Elmar Nascimento (União-BA) no governo, mas como um representante da cota do União Brasil. Nascimento enfrenta resistência por ser um crítico de Lula.

Fonte: Globo.com

Foto: Cristiano Mariz/O Globo

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