Paralisação de Trabalhadores Interrompe Atividades em Metalúrgica na Vila Dainese, Americana

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Foto: Paula Nacasaki / Liberal

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Greve de Funcionários Paralisa Atividades na Malcon Metalúrgica em Americana

Na manhã desta terça-feira (21), aproximadamente 300 funcionários realizaram uma greve que paralisou as atividades na Malcon Metalúrgica, situada na Vila Dainese em Americana. O protesto teve início por volta das 7h, em frente à empresa.

Na última quinta-feira (16), uma manifestação anterior dos trabalhadores resultou em tumulto na empresa, culminando em acusações de “viés racista” por parte da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Sumaré contra a Polícia Militar, durante a detenção de um advogado negro.

Entre as demandas dos grevistas, destacam-se melhores condições salariais, restabelecimento de benefícios, transparência nas negociações e, sobretudo, a revogação das demissões de cinco colaboradores, alegadamente retaliadas por participação em eventos relacionados à empresa.

Dayse Cristina Caetano, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, explicou: “Estamos hoje pedindo o fim dos parcelamentos das verbas rescisórias, o cancelamento das demissões da semana passada, o depósito do FGTS na conta dos funcionários, reajuste nos salários e vale alimentação, e pagamento da PLR, demanda antiga dos colaboradores.”

Outro ponto de discordância foi o corte do pagamento do adicional de insalubridade.

Retaliação Em 10 de novembro, cinco funcionários foram demitidos sem justificativa, segundo relatos. Alega-se que as demissões foram retaliações pela participação dos demitidos em uma assembleia realizada no mesmo dia.

Rafael Augusto dos Santos França, soldador de 34 anos e ex-funcionário, acredita que as demissões foram usadas para coagir outros funcionários: “A gente nem queria greve, a gente queria uma posição sobre o que eles tiraram do nosso salário, da insalubridade.”

Posição da Empresa A Malcon Metalúrgica afirmou que o sindicato agiu de maneira ilegal ao paralisar as atividades. A empresa ressaltou que as demissões não estão relacionadas aos movimentos sindicais. Na tarde desta terça-feira, a empresa aguardava uma liminar para retomar as atividades.

Quanto ao corte do pagamento por insalubridade, a empresa argumenta que continua investindo em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e que, quando não há mais insalubridade, não há motivo para manter o pagamento.

Em relação às negociações trabalhistas, a Malcon reforçou que as verbas rescisórias foram quitadas. Sobre o pagamento do FGTS, a empresa comunicou ao sindicato que ocorrerá até o dia 30 deste mês. Quanto ao reajuste, informou que foi feito com base na inflação.

Texto por: Nicolas Cruz

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