O túmulo de Dona Margarida da Graça Martins, fundadora de Santa Bárbara d`Oeste, está sendo demolido em São Paulo. O espaço onde ficava a lápide foi vendido pelo Cemitério da Consolação e agora só restariam as grades e pedaços da placa que sustentava a lápide. A informação foi passada ao historiador Antonio Carlos Angolini pelo vereador barbarense Eliel Miranda (PSD) que fez uma visita ao local.
“Precisamos realizar uma ação para interromper esse serviço e ver o que é possível recuperar e restaurar. Essa obra precisa ser embargada e o dinheiro devolvido para quem comprou aquele espaço que é muito importante para a história da nossa cidade”, disse Angolini.
Dona Margarida foi enterrada naquele local em 1864. Seus restos mortais foram trazidos para Santa Bárbara em 1967 e colocados num monumento em sua homenagem na Praça Central. Porém, acabaram se perdendo em uma das reformas da praça.
Angolini acredita que se as autoridades do município agirem com rapidez será possível recuperar esse túmulo e colocar uma placa dizendo que lá está sepultada a fundadora de Santa Bárbara d’Oeste. Ele conta que houve uma tentativa na década passada de providenciar reformas no túmulo, mas a iniciativa não vingou.
A fundadora
Dona Margarida é reconhecida como fundadora de Santa Bárbara d’Oeste porque doou parte de suas terras para a Cúria Paulistana erguer a capela dedicada a Santa Bárbara, da qual era devota. A partir do pedaço de terra, no qual foi construída a Igreja Matriz, a Vila Santa Bárbara foi tomando forma.
Segundo Angolini, Dona Margarida ficou cerca de dois anos na cidade, entre 1817 e 1819, e voltou para a região da Baixada Santista. Lá, ela era dona de um engenho, no limite entre as cidades de Santos e São Vicente.
Por José Flávio Scavassa
