Ucrânia atravessa rio e confronta intensidade russa em meio a conflito.

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Foto: Kostya Liberov/Libkos/Getty Images

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As forças militares de Kiev enfrentam um intenso ataque, conforme relatado pelo presidente Volodimir Zelenski. O governador da área ocupada descreveu a situação como enfrentando “o fogo do inferno” proveniente da artilharia russa.

Pela primeira vez, a Rússia admitiu nesta quarta-feira (15) que as forças ucranianas conseguiram estabelecer uma cabeça de ponte na margem leste do rio Dnieper, no território da região de Kherson, que está sob ocupação russa desde a invasão do ano passado.

Apesar de ser uma notícia positiva para a Ucrânia, não indica uma mudança significativa no curso da guerra. O presidente Zelenski alertou que os militares ucranianos estão sob intenso ataque, recebendo “o fogo do inferno” da artilharia russa. A situação continua sendo dinâmica, e há um risco real para as forças ucranianas dada a vantagem tática russa.

Nas últimas semanas, as agências estatais de notícia russas chegaram a relatar uma “grande redistribuição” de forças na região de Kherson, sugerindo acontecimentos significativos. Embora tenham retirado as notícias do ar, a realidade dos eventos foi confirmada pelo governador da região, Vladimir Saldo.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva em 4 de junho, mas até o momento não conseguiu atingir seu objetivo estratégico de cortar a ligação terrestre entre a Rússia e a Crimeia, anexada por Putin em 2014. O general Valeri Zalujni, chefe das Forças Armadas da Ucrânia, reconheceu recentemente um impasse no campo de batalha e destacou a necessidade de mais armas ocidentais para equilibrar a situação.

Apesar de avanços pontuais, a guerra continua, com os russos concentrados na conquista do bastião de Avdiivka, em Donetsk. O presidente Zelenski negou a existência de um impasse, mas a realidade no terreno ainda é incerta. Os ataques persistem em várias regiões, incluindo Zaporíjia e Selidove, com relatos de vítimas civis.

O emprego de drones marítimos e mísseis de cruzeiro no mar Negro pela Ucrânia aparentemente tem reduzido o uso de mísseis de cruzeiro Kalibr russos contra suas posições. A movimentação da Frota do Mar Negro para o mar de Azov e o porto de Novorossisk também foi relatada, com especulações sobre os mísseis sendo guardados para uma campanha futura.

Texto por: Nicolas Cruz

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