8 de janeiro: documentos, vídeos e mensagens mostram como inteligência alertou sobre ataques em Brasília

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Cristiano Mariz/Agência O Globo

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Os avisos existiram, mas integrantes do GSI negam ter tido acesso a eles

Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante os ataques golpistas de 8 de janeiro, o general Gonçalves Dias alegou ter ocorrido um “apagão” no sistema de inteligência do país, que não o alertou dos riscos de invasão aos prédios públicos. Em entrevistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também citou falha dos órgãos responsáveis por esse monitoramento para justificar a falta de ação das forças federais para conter os golpistas. Documentos, vídeos e mensagens incluídos nas investigações, porém, mostram que os alertas existiram. Integrantes do GSI, entretanto, negam ter tido acesso a eles.

2 de janeiro – (6 dias antes)
Avisos nas redes sociais e grupos bolsonaristas

Após a posse de Lula, a radicalização dos acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército aumentou. Nas redes sociais, surge o planejamento para uma grande manifestação na Esplanada dos Ministérios. O evento é apelidado de “festa da Selma”. Nas redes sociais, convocações são feitas. Essas publicações e a movimentação nos acampamentos eram monitoradas de perto pelas autoridades federais.

5 de janeiro (3 dias antes dos ataques golpista)
Ônibus com manifestantes partem para Brasília

Antes dos ataques golpistas, apoiadores de Bolsonaro começaram a desembarcar em Brasília. Ônibus de diversas regiões do país partiram desde quinta-feira, dia 5. O maior fluxo, porém, foi na sexta-feira, 6, antevéspera dos atos, quando saíram 63 veículos, com 2.538 pessoas. A movimentação era acompanhada pelas forças de segurança e também pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

6 de janeiro (2 dias antes)
Reunião de Planejamento

Integrantes das forças de segurança participam de uma reunião para planejar a atuação para a manifestação. O documento indica que era responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal “impedir que os manifestantes utilizem objetos, materiais ou substâncias capazes de produzir lesão ou causar dano” e “não permitir o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes”. O documento indica que impedir o acesso aos prédios públicos já era uma preocupação das autoridades.

 

A reunião conta com a presença de integrantes da segurança do Supremo e do Congresso, mas não do GSI.

Alerta da Abin

Dois dias antes da invasão, a Abin emitiu um alerta para os órgãos ligados ao Sistema Brasileiro de Inteligência. O informe dizia que havia a convocação de caravanas em diversos estados do país para que se deslocassem à capital federal. O texto revela que elas trariam “manifestantes com acesso a armas e com a intenção manifesta de invadir o Congresso Nacional”. O alerta foi enviado a um sistema integrado por 48 órgãos, entre eles ministérios como o da Defesa, Casa Civil e Justiça. O relatório também foi enviado a um grupo de WhatsApp formado por representantes de diferentes áreas do governo.

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7 de janeiro (1 dia antes)
Alerta da Polícia Federal

 

Um dia antes da invasão golpista, no dia 7 de janeiro, a Polícia Federal enviou um documento ao ministro da Justiça, Flávio Dino, indicando que manifestantes acampados em frente ao QG do Exército em Brasília planejavam provocar “ações hostis e danos” ao “Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal”, além de “confrontar as Forças de Segurança”. O documento, assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos, aponta que os investigadores identificaram indivíduos dispostos a “tomar o poder”.

Após receber o alerta, o ministro Flávio Dino enviou um ofício ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, relatando os riscos detectados pelo setor de inteligência da PF.

Avisos nas redes

Além dos alertas dos órgãos oficiais, bolsonaristas também deixavam claro nas redes sociais que a intenção era invadir os prédios públicos. Em um dos vídeos, um dos participantes indicava inclusive que a ideia é ultrapassar as barricadas montadas pela PM-DF.

Fonte: Globo.com

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