Mesmo vivendo a maior crise da sua história, o União Agrícola Barbarense Futebol Clube que em novembro completa 110 anos de vida não vai acabar. Pelo menos na visão do seu diretor jurídico, o advogado Régis Godoy. Ele foi o entrevistado de hoje no programa Dia a Dia da Rádio Luzes. Com dívidas que giram em torno de R$ 25 mi (sendo cerca de R$ 18 mi somente de pendências trabalhistas), estádio que foi à leilão e acabou virando objeto de venda direta e disputando a 4ª e penúltima divisão do Campeonato Paulista, o Leão da 13 luta duramente para sobreviver.
Recentemente, o alvinegro teve negado no Tribunal Superior do Trabalho o último recurso para impedir a venda de todo o seu patrimônio imobiliário (estádio e clube social). Restam agora apenas os embargos declaratórios que dificilmente deverão mudar a decisão. Como derradeira alternativa, o diretor jurídico do União diz que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal alegando descumprimento da Constituição no andamento do processo trabalhista que envolve 98 ações de profissionais que passaram pelo clube.
“Não concordamos com o valor estipulado para o leilão (R$ 37 mi). Em 2017, a área onde está o estádio tinha sido avaliada em R$ 46 mi. Não é possível que em quatro anos (o leilão foi em 2021) nada tenha mudado”, contestou o advogado.
No leilão, não apareceu nenhum interessado. Porém, o edital previa a redução do valor em até um terço numa venda direta dos imóveis. Foi nessa etapa que dois empresários americanenses – Luís Antônio Penteado e Vitor Rosolen dos Santos – decidiram entrar no páreo e, sem concorrentes, fizeram o arremate por cerca de R$ 11 mi. Com anuência da juíza que cuidava do caso, foi dada uma entrada de R$ 100 mil e o restante deverá ser pago parceladamente depois do julgamento final do processo.
A entrevista completa dentro do programa Dia a Dia pode ser conferida no canal da Rádio Luzes no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=lljVuVqur5s).
Por José Flávio Scavassa