Hamas anuncia que cessar-fogo em Gaza começará às 5h desta quinta-feira

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Foto: © REUTERS/Fadi Whadi

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O movimento islamita Hamas divulgou nesta quarta-feira (22) que uma trégua de quatro dias, previamente acordada com Israel em troca da libertação de 50 reféns, entrará em vigor às 10h locais de quinta-feira (5h em Brasília).

Musa Abou Marzouk, membro sênior da ala política do Hamas, anunciou à Al Jazeera, do Catar, que a trégua na Faixa de Gaza começará às 10h de amanhã (quinta-feira). Além disso, destacou a disposição do Hamas para um cessar-fogo global e a troca de prisioneiros, ressaltando que a maioria dos reféns são estrangeiros, resultantes dos ataques ocorridos em 7 de outubro.

A guerra no Oriente Médio, que durou seis semanas, chegou a um acordo entre Israel e o Hamas. O grupo extremista concordou em libertar pelo menos 50 reféns em Gaza, enquanto Israel libertará 150 palestinos da prisão. O acordo também prevê a interrupção dos bombardeios no sul de Gaza por quatro dias e a entrada de ajuda humanitária na região.

Apesar de o acordo ser para a libertação de 150 palestinos, a lista divulgada pelo Ministério da Justiça de Israel inclui 300 nomes, dando ao Hamas a opção de libertar mais reféns em troca de mais prisioneiros. Cidadãos israelenses têm um dia para recorrer da decisão do tribunal.

Na lista de prisioneiros, 123 são menores, incluindo cinco de 14 anos detidos por crimes como atear fogo e lançar bombas. Entre os casos citados está o de Misoun Mussa, condenada por esfaquear um soldado israelense em 2015, e Marah Bakeer, detida no mesmo ano por esfaquear um agente da polícia fronteiriça.

Israel se recusou a libertar prisioneiros condenados por homicídio, concordando apenas em deixar sair os condenados por tentativa de homicídio e atividades terroristas, bem como crimes menos graves. Os prisioneiros pertencem a grupos como Hamas, Fatah, Jihad Islâmica e Frente Popular.

O governo de Israel delegou a Benjamin Netanyahu, Yoav Gallant e Benny Gantz a responsabilidade de determinar os prisioneiros a serem libertados em cada fase. A data para o fim do cessar-fogo está nas mãos desses três líderes, com a condição de não se prolongar por mais de dez dias.

Texto por: Nicolas Cruz

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