Integrantes do GSI dizem que orientação inicial era de apenas retirar golpistas do Planalto; ordem para prisões veio depois

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Marceo Camargo/agencia brasil

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Depoimentos apontam que secretário-executivo pediu que, após a retirada do prédio, os invasores fossem conduzidos a deixar os arredores do Planalto. Mais tarde, a mudança nas ações foi ordenada pelo então ministro Gonçalves Dias. Declarações foram enviadas ao STF.

Integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disseram, em depoimentos em uma investigação interna da pasta, que receberam orientação inicial para retirar os invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, sem prisão. A ordem para prender os golpistas veio depois.

As declarações apontam que a primeira determinação partiu de Carlos José Russo Penteado, então secretário-executivo do GSI.

Penteado ordenou que, após conduzir os invasores a deixar o interior do Planalto, os integrantes atuassem para orientá-los a deixar o entorno do local.

“A missão da tropa de choque e do pessoal de serviço do GSI era retirada dos invasores do Palácio do Planalto”, disse o então diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial, coronel Wanderli Baptista.

Mais tarde naquele dia, os servidores da pasta disseram ter recebido uma nova ordem do então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, para prender os invasores (entenda mais abaixo).

Os depoimentos integram uma sindicância aberta pela pasta para apurar a atuação de integrantes do GSI no dia dos ataques.

Os servidores foram ouvidos em fevereiro — antes da demissão de Dias e da divulgação de imagens do circuito interno do Planalto. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, o conteúdo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As ordens

Segundo o coronel Wanderli Baptista, os esforços iniciais foram concentrados na retirada dos golpistas do interior do Planalto.

“No primeiro momento, a missão de todos nós […] era de evacuar a instalação [Palácio do Planalto] tendo em vista que o grande número de manifestantes não permitia, naquela ocasião, qualquer tipo de detenção ou prisão. A missão da tropa de choque e do pessoal de serviço do GSI era retirada dos invasores do Palácio do Planalto”, disse.

Mais tarde, declarou o coronel Baptista, o ministro Gonçalves Dias determinou que as tropas realizassem a prisão dos invasores.

Coordenador-geral de Segurança das Instalações, André Luiz Garcia Furtado declarou ter recebido ordens iniciais do então secretário-executivo da pasta para que os invasores já retirados fossem orientados a deixar a área do Palácio do Planalto. Em depoimento à Polícia Federal, prestado em 23 de abril, ele não fez menção ao general Penteado.

Ainda segundo Furtado, após a desocupação dos pisos superiores do Palácio, a maioria dos golpistas foi retirada por meio da torre de emergência do Planalto.

Ele também declarou que os invasores foram “naturalmente concentrados, na área externa, nos fundos e na lateral oeste do Palácio do Planalto [gramado e estacionamento]”.

“Neste momento, por determinação do general Penteado, estas pessoas foram orientadas a se retirarem do local”, afirmou.

Fonte: globo.com

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