Mauro Cid conseguiu certificado de vacinação falso para esposa um ano antes que Bolsonaro, diz PF

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Foto: Reprodução

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Investigação mostra que ação envolveu médico, sargento do Exército, militar e ex-vereador. Mulher de Cid usou documento para ir três vezes aos EUA, segundo a polícia.

Um ano antes de o ex-presidente Jair Bolsonaro ter seu certificado de vacinação contra a Covid-19 falsificado, o tenente-coronel Mauro Cid, preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3), tentou diversos meios para conseguir falsificar o certificado de imunização de sua esposa no ConecteSUS.

Segundo a PF, o objetivo de Cid era conseguir um documento para que a esposa conseguisse viajar aos Estados Unidos sem ter tomado a vacina – o país exige o comprovante de vacinação para estrangeiros.

A investigação da PF aponta que Cid conseguiu inserir dados de vacinação de sua esposa, Gabriela Santiago Cid, no sistema do Ministério da Saúde, além de ter obtido cartões de vacinação físicos com dados falsos sobre doses de vacina, também em nome dela.

O objetivo era fazer com que as informações fraudulentas de vacinação de Gabriela fossem inseridas no ConecteSUS, de acordo com a polícia.

Os envolvidos devem responder por crime de falsidade ideológica, por inserir declaração falsa em documento público, conduta tipificada no art. 299 do Código Penal.

Nesta reportagem você vai ver que, segundo a PF:

Cid pediu ajuda para conseguir o cartão de vacinação para esposa em novembro de 2021;
a operação envolveu um médico, um sargento do Exército, um militar e até um ex-vereador do Rio;
trocas de mensagens obtidas pela investigação mostram o andamento do esquema;
a mulher de Cid usou o documento três vezes para viajar para os Estados Unidos;
no ano passado, Cid e as três filhas também conseguiram cartões falsos de vacinação;
responsável por inserir dados de Cid e das filhas no sistema do Ministério da Saúde é o mesmo que fez a inserção das informações de Jair Bolsonaro e da filha do ex-presidente.
Primeira tentativa: conseguir certificado em Goiás
Em novembro de 2021, Cid pediu ajuda ao sargento Luis Marcos dos Reis para conseguir o cartão de vacinação preenchido com doses da vacina contra a Covid-19 em nome da esposa.

O cartão de vacinação falso recebido por Cid indicava que Gabriela teria tomado uma dose da vacina em 17 de agosto de 2021. A segunda dose teria sido no dia 9 de novembro do mesmo ano. As doses teriam sido aplicadas em Cabeceiras (GO).

No campo observações, havia a assinatura e um carimbo do médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara, sobrinho do sargento Luis dos Reis, de acordo com a PF. A investigação aponta que o médico assinou e carimbou para tentar dar “aparência de veracidade” ao documento.

A PF pediu os dados de vacinação de Gabriela e a relação das pessoas vacinadas na Unidade Básica de Saúde de Cabeceiras (GO). Em resposta, o Ministério da Saúde informou que não há registro sobre aplicação de doses em nome da esposa de Cid na UBS da cidade goiana.

A análise de dados da rede de celular da esposa de Cid mostra que, nos dias em que foi indicado que ela teria tomado as doses pelo documento falsificado, Gabriela estava em Brasília.

Com a certidão de vacinação falsa, o objetivo de Cid, segundo a PF, era inserir os dados de vacinação falsos em nome de sua esposa no sistema ConecteSUS do Ministério da Saúde, com a finalidade de obter o certificado de vacinação contra a Covid-19.

Nos dias 22 e 23 de novembro de 2021, ele pediu ajuda ao segundo-sargento do exército Eduardo Crespo Alves. Inicialmente, ele teve dificuldades de inserir os dados.

O problema apontado nas conversas interceptadas pela PF é que os lotes da vacina que constam na carteira falsa obtida em nome de Gabriela não foram distribuídos para o Rio de Janeiro – estado onde o sargento Crespo Alves tentava inserir os dados da esposa de Cid no sistema.

Como os dados não batiam, o sistema não permitiu que os dados fossem inseridos.

Fonte: globo.com

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