O Catar está prestes a anunciar hoje, 21 de novembro, um acordo para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde o ataque em 7 de outubro. De acordo com fontes diplomáticas e informadas sobre as negociações, espera-se que Israel assegure uma pausa nos combates como contrapartida.
Embora o acordo ainda não esteja finalizado, autoridades dos Estados Unidos expressaram otimismo, acreditando que as extensas semanas de negociações estão prestes a resultar na libertação dos reféns. “Estamos muito próximos”, afirmou um alto funcionário dos EUA.
Fontes israelenses também indicam a possibilidade de anúncio do acordo ainda hoje. A aprovação da libertação dos prisioneiros pelo governo israelense é esperada sem contestações. O acordo propõe a libertação de 50 mulheres e crianças em troca de uma pausa nos combates por quatro a cinco dias, com a libertação adicional de três prisioneiros palestinos para cada refém solto, conforme diversas fontes.
Nos termos do acordo, o Hamas também concordaria em libertar mulheres e crianças, além das 50 pessoas originalmente propostas. O grupo radical insiste que a ação só poderá prosseguir após a implementação de um cessar-fogo total.
A pausa nos combates poderá ser estendida para permitir a libertação de mais reféns. Entre as pessoas que podem deixar Gaza, há indivíduos de várias nacionalidades, incluindo Abigail Edan, uma criança americana de 3 anos, a mais jovem refém cujos pais foram mortos pelo Hamas, conforme relatado por familiares.
Durante os dias em que os combates forem interrompidos, fontes indicam que Israel cessará o lançamento de drones sobre o norte de Gaza por pelo menos seis horas diárias.
Embora diplomatas e funcionários do governo, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, adotem um tom mais otimista sobre o progresso das negociações nos últimos dias, o risco persiste, uma vez que qualquer acordo pode ser prejudicado pelos acontecimentos no campo de batalha em Gaza. Na noite de segunda-feira (20), o líder do Hamas anunciou em comunicado que os lados estão “perto de chegar a um acordo de trégua”. Este avanço ocorre um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o gabinete de guerra se reunirem com as famílias dos reféns.
Texto Por: Nicolas Cruz