Especialista Aborda a Influência da Atividade Humana nos Fenômenos Climáticos Extremos

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Foto: © Marcos Fabrício/ Divulgação Geral

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Depois do recente episódio de calor que afetou mais de 2,7 mil municípios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para a possibilidade de temporais com rajadas de vento e queda de granizo nessas áreas durante o fim de semana, iniciando nesta sexta-feira (17). As previsões indicam que o calor intenso, combinado com o aumento da umidade e ventos em altos níveis, pode intensificar as chuvas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Nessas localidades, espera-se que o volume de chuvas em um único dia ultrapasse 100 milímetros, destacando a previsão de mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento global. O climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, ressalta que a frequência e intensidade crescentes dos fenômenos naturais, como ondas de calor, indicam uma influência significativa da atividade humana no clima global.

“Anteriormente, tínhamos uma onda de calor por década, até 2019. Agora, já temos cerca de 3,5 ondas de calor por década, e esse padrão pode estar prestes a se tornar anual. O mundo está enfrentando recordes frequentes de ondas de calor, secas e tempestades muito severas, tudo isso como resultado direto do aquecimento global”, afirma Nobre.

O aumento constante da temperatura média, evidenciado por um aumento de 1,15 graus Celsius (ºC) no ano passado e uma projeção de 1,4ºC para este ano, destaca a urgência de abordar as mudanças climáticas. Nobre destaca que, desde os primeiros registros de civilizações, há cinco mil anos, o planeta não experimentava temperaturas tão elevadas. O aquecimento global não apenas intensifica fenômenos climáticos conhecidos, mas também desencadeia eventos sem precedentes, como ondas de calor na Antártica.

As consequências do aquecimento global incluem ameaças à saúde humana e à biodiversidade em todos os biomas. Temperaturas acima de 21ºC por vários dias, ultrapassando os 40ºC, impactam negativamente tanto as pessoas quanto diversas espécies. Além disso, o aumento das queimadas, resultante da seca facilitada e, em muitos casos, da ação humana, contribui para um ciclo destrutivo.

O cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, com a redução das emissões de gases do efeito estufa em 50% até 2030, pode mitigar esses problemas. No entanto, medidas adicionais serão necessárias, uma vez que a maior parte dos gases já emitidos permanecerá na atmosfera por pelo menos 150 anos. A queima de combustíveis fósseis, responsável por 70% das emissões globais, e os impactos do desmatamento, agricultura e pecuária no Brasil destacam a urgência de ações efetivas.

Carlos Nobre conclui que o maior desafio da humanidade é enfrentar o aquecimento global, destacando a importância de atender aos objetivos do Acordo de Paris e, simultaneamente, adaptar-se às mudanças climáticas inevitáveis.

Texto por: Nicolas Cruz

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