Recursos serão usados para pagar auxílio de R$ 600, reajustar mínimo, programas sociais e investimentos
A equipe que está debatendo o Orçamento de 2023 para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima que será preciso obter espaço fiscal de R$ 200 bilhões no próximo ano. O valor seria necessário para garantir o pagamento do Auxílio Brasil em R$ 600 e dar aumento real para o salário mínimo, as principais propostas do petista na campanha.
Mas inclui também a recomposição de programas sociais que estão com valores subestimados no projeto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) — como o Farmácia Popular — e destinar recursos a obras e investimentos, para incentivar o crescimento econômico.
O valor dessa “licença para gastar” em 2023 corresponde ao dobro do previsto pelo relator da proposta orçamentária, senador Marcelo Castro(MDB-PI), que afirmara que o aumento de gastos seria de ao menos R$ 100 bilhões no próximo ano, considerando basicamente o reajuste do piso e a manutenção do valor do benefício social de R$ 600.
A avaliação de economistas e políticos do PT é que o Orçamento proposto por Bolsonaro, em agosto, paralisa o próximo governo e não é factível. A primeira reunião sobre o tema será hoje, entre Castro, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), escolhido por Lula para liderar o assunto, e parlamentares do PT. Não está claro se já será apresentada a conta de R$ 200 bilhões neste encontro.
Fonte: globo.com
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado