Mensagens e compra de passagem: entenda provas contra Lira em denúncia analisada pelo STF nesta terça

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Marina Ramos/Câmara dos Deputados

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Presidente da Câmara foi acusado de corrupção passiva em caso de assessor detido com dinheiro vivo; PGR voltou atrás depois e pediu arquivamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a analisar nesta terça-feira um recurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra uma denúncia apresentada contra ele por corrupção passiva. Em 2019, a Primeira Turma do STF decidiu receber, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Entretanto, a defesa de Lira apresentou recurso contra a decisão. O pedido começou a ser analisado em 2020, e já havia maioria para manter o entendimento, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista.

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O ponto central do inquérito é a apreensão, ocorrida em 2012, de R$ 106 mil com Jaymerson José Gomes de Amorim, assessor da Câmara dos Deputados. Amorim tentava embarcar em um voo de São Paulo para Brasília com a quantia.

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Em 2018, a PGR afirmou que o dinheiro era destinado a Lira, em troca de uma indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão vinculado ao Ministério das Cidades. Em abril deste ano, sob nova gestão, a PGR mudou sua posição e pediu o arquivamento do caso. Os ministros que já votaram podem optar por manter ou alterar sua posição.

Na denúncia, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, citou pontos que ligariam Lira à entrega do dinheiro, como ligações e mensagens trocadas com Amorim no dia da entrega e o fato das passagens aéreas terem sido compradas com um cartão do deputado. Na época dos fatos, o comando do Ministério das Cidades era de indicação do PP. O doleiro Alberto Youssef, que prestava serviços para o partido, afirmou em seu acordo de delação premiada que indicou Francisco Colombo para a presidência da CBTU.

Fonte: globo.com

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