Nos últimos 12 anos, governos de SP deixaram de investir toda verba aprovada para prevenção de desastres naturais

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Entre 2011 e 2022, governo estadual sempre executou valores abaixo daqueles aprovados pela Alesp para a área de Infraestrutura Hídrica e Combate a Enchentes, que incluem situações como a ocorrida no desastre do Litoral Norte do estado.

Governadores responsáveis por administrar o estado de São Paulo entre 2011 e 2022 deixaram de investir 100% do valor previsto no orçamento público para prevenção de desastres naturais no estado.

Com mais de R$ 10,6 bilhões destinados ao tema, os governos investiram R$ 6,9 bilhões — 65% do total. É o que aponta levantamento feito pela GloboNews com base na Execução Orçamentária, disponibilizada pela Secretaria Estadual da Fazenda e Planejamento.

Os recursos previstos serviriam para obras e ações para evitar tragédias como a ocorrida no Litoral Norte de São Paulo, no último fim de semana. Com mais de 600 milímetros de chuva, a região teve pontos de enchente que cobriram casas e deslizamentos em áreas residenciais e em estradas. Até o último balanço, 48 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas.

Neste período, o estado foi governado por Geraldo Alckmin (PSDB, hoje no PSB), Márcio França (PSB), João Doria (PSDB) e Rodrigo Garcia (PSDB). Hoje, o governador é Tarcísio de Freitas (Republicanos), empossado em 1º de janeiro de 2023, mas não entra nessa contabilidade dos últimos 12 anos.

A Secretaria Estadual da Fazenda e Planejamento disponibiliza dados da execução orçamentária – tanto receita (arrecadação) quanto despesa (gasto) – de 2010 para cá (confira na arte abaixo). A atualização é feita até o dia anterior ao da consulta. A reportagem analisou os números da rubrica — item orçamentário — denominada Infraestrutura Hídrica e Combate a Enchentes, que inclui também a prevenção a desastres naturais.

Ao longo de 13 anos completos, apenas em um deles (2010, ano eleitoral) o valor investido nesta área superou o total aprovado pelo Legislativo: foram gastos R$ 282,5 milhões de uma verba prevista inicialmente de R$ 200,6 milhões. Os valores para consulta são totais (não atualizados pela inflação do período).

Fonte: Globo.com

Foto: Fábio Tito/g1

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