Sobe para 49 o número de mortos no litoral de SP; mais chuva é esperada nos próximos dias

Trabalho de resgate continua e número de vítimas deve aumentar; ainda há muitos desaparecidos

Subiu para 49 o número de mortos pelos temporais que atingiram o litoral norte de São Paulo no último fim de semana e mais chuva é esperada para os próximos dias, informou o governo do Estado nesta quinta-feira (23).

O número de mortos deve aumentar, já que os trabalhos de busca por dezenas de desaparecidos continua.

A previsão do tempo para a região é de chuva moderada e forte depois de cidades do litoral norte paulista registrarem no fim de semana as maiores chuvas já vistas no Brasil em 24 horas — mais de 630 milímetros — desde o início deste tipo de medição, o que deixou mais de 3 mil pessoas sem casa e um rastro de destruição e morte.

“De acordo com os meteorologistas, no período entre quinta-feira e sábado, os dias serão marcados pela presença de sol entre algumas nuvens, o que contribuirá para garantir a sensação de calor e abafado sobre a região do litoral norte”, disse o governo paulista em nota.

“Essa condição, aliada a umidade proveniente do oceano e da Amazônia, criará condições meteorológicas para chuvas de intensidade moderada à forte, acompanhadas por raios, ventos e pontual queda de granizo.”

Equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de São Paulo atuavam na busca por vítimas e no resgate a sobreviventes.

Um navio da Marinha equipado com helicópteros, médicos, leitos hospitalares, veículos de desembarque e militares do Corpo de Fuzileiros Navais deve aportar nesta quinta em São Sebastião, cidade mais atingida pela tragédia com 48 mortes — a outra morte aconteceu em Ubatuba.

Mais cedo nesta quinta, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu em entrevista à CNN Brasil que seja decretada emergência permanente em 1.038 municípios onde os desastres naturais causados por eventos climáticos extremos são frequentes.

Tragédias como a do litoral norte paulista são comuns em cidades brasileiras na época das chuvas devido a construções precárias e em áreas de risco.

Em fevereiro do ano passado, mais de 200 pessoas morreram após enchentes e deslizamentos de terra atingirem Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.