Comissão do Senado aprova indicados do governo Lula para a diretoria do Banco Central

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Foto: Pedro França/Agência Senado

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Nome de Gabriel Galípolo foi aprovado para ocupar a diretoria de Política Monetária. Colegiado também deu aval à indicação de Ailton Aquino para a chefia de Fiscalização. Plenário do Senado ainda vai votar indicações. Análise ocorre em meio a críticas do governo ao BC e à taxa de juros.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (4) duas indicações do governo Lula para a diretoria do Banco Central.

O colegiado deu aval, por 23 votos a 2, ao nome de Gabriel Galípolo, escolhido pelo governo para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. E também aprovou, por 24 a 1, a indicação de Ailton de Aquino Santos, para a Diretoria da Fiscalização da instituição.

Saiba quem são Gabriel Galípolo e Ailton Santos
Os nomes foram aprovados após sabatina pela CAE. As indicações seguem para votação no plenário principal do Senado. Cabe ao conjunto de 81 senadores dar a palavra final sobre os escolhidos.

As sabatinas de Galípolo e de Ailton de Aquino ocorrem em meio a fortes críticas de Lula e integrantes do governo ao presidente da instituição, o economista Roberto Campos Neto, e à taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC.

No entendimento do governo, a Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano, inibe investimentos e prejudica o crescimento da economia.

Além de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros, entre os quais Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Fávaro (Agricultura), têm feito essas críticas à taxa de juros.

O mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina no fim de 2024 – e Galípolo já é cotado para substituí-lo.

Poder eleito ‘determina destino’ da economia

Ex-secretário do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo afirmou, durante a sabatina, que não cabe a um economista “impor o que ele entende ser o destino econômico” de um país, sem considerar a “vontade democrática” da classe política eleita pelo povo.

“Não cabe a nenhum economista, por mais excelência que ele tenha, impor o que ele entende ser o destino econômico do país à revelia da vontade democrática e de seus representantes eleitos”, afirmou Galípolo à CAE.
“Talvez seja preciso se entender que é óbvio que é o poder eleito democraticamente, a vontade das urnas, que determina qual é o destino econômico da nossa sociedade”, frisou o indicado.

Questionado sobre a autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso, Galípolo afirmou que não é dever de diretores da instituição opinar sobre a medida, mas apenas acatar a legislação.

Fonte: globo.com

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