Cidade de SP contabiliza mais de 52 mil moradores de rua, alta de 8,2% em 2023, afirma pesquisa

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Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

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Brasil soma mais de 206 mil pessoas nessa situação, segundo estudo da UFMG feito a partir de dados do Cadastro Único. Quase metade delas vive nas ruas do estado de SP e maioria é negra, aponta o estudo, obtido com exclusividade pela GloboNews.

Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e obtido com exclusividade pela GloboNews aponta que 52.226 pessoas viviam nas ruas da capital paulista até fevereiro deste ano.

A pesquisa do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG), com dados do CadÚnico, indica um aumento de 8,2% em relação a novembro de 2022, quando outro estudo foi feito.

Ele levou em consideração apenas as pessoas que estavam registradas no CadÚnico. O pesquisador André Luiz Dias, coordenador do POLOS-UFMG, explica que São Paulo sempre foi o município com maior concentração de pessoas em situação de rua desde o início do registro em CadÚnico, em 2012.

“[São Paulo] saiu de 3.842 registros em 2012 para os atuais 52.226 registros de pessoas em situação de rua.” Os dados são encaminhados pela Prefeitura de São Paulo para o Ministério de Desenvolvimento Social para repasse de recursos ao município.

A pesquisa também leva em conta que os números possam estar subnotificados em até 35%, porque a taxa de atualização do CadÚnico em SP é muito baixa. A taxa de atualização da capital está em 63,3%, sendo que a média nacional é de 81,2%.

Em todo o país, 206 mil pessoas estavam em situação de rua, o que mostra um crescimento de 7,4% desde o último levantamento. O estado de São Paulo concentra 86.782 mil pessoas dessa população. Ou seja, quase metade da papulação em situação de rua do Brasil vive na cidades paulistas.

O coordenador do POLOS-UFMG explica que no último trimestre de 2022 o governo de Jair Bolsonaro (PL) exigiu medidas para atualização do CadÚnico, e os números pararam de ser atualizados. Já o governo Lula (PT), segundo ele, voltou a estimular o cadastro, e os números voltaram a crescer (veja abaixo a população em situação de rua em outras capitais).

“Nós não sabemos se, de fato, mais pessoas passaram a viver nas ruas a partir de novembro. O que nós vimos é que ano passado simplesmente em três meses (outubro, novembro e dezembro), mais de 25 mil pessoas haviam sido sumariamente excluídas do CadÚnico. Agora, aos poucos estão voltando a aparecer”, disse André Luiz Dias.

A situação de rua atinge majoritariamente a população negra no nosso país. A cada 10 pessoas em situação de rua, 7 são negras.

Fonte: Globo.com

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