SUS perde 38% dos leitos hospitalares em Americana entre 2021 e 2022, enquanto pandemia impacta atendimento

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Foto: Reprodução

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O SUS (Sistema Único de Saúde) em Americana sofreu uma redução significativa de 38% no número de leitos hospitalares entre 2021 e 2022, de acordo com dados divulgados pelo Anuário Socioeconômico do município, pela prefeitura na semana passada. A cidade, que anteriormente possuía 245 leitos públicos de tratamento em diferentes níveis de complexidade, encerrou o ano passado com apenas 152 leitos disponíveis.

A administração municipal contestou esses números, alegando que a comparação é prejudicada devido à pandemia de Covid-19, pois foram abertos leitos específicos para o tratamento da doença. Eles afirmaram que recentemente foram habilitados 10 novos leitos de UTI e que houve reformas na Ala 3 e na UTI para adultos, além do aumento no número de leitos destinados a cirurgias eletivas. Segundo eles, os leitos atuais são suficientes para suprir a demanda, e a secretaria de saúde se comprometeu a ampliar a rede, se necessário, assim como fez durante a pandemia ao abrir mais leitos para casos críticos.

Antes da estabilização dos casos de contaminação e morte pelo novo coronavírus, foram instaladas estruturas provisórias de atendimento dentro do próprio Hospital Municipal e na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cillos.

No entanto, os dados do anuário revelam uma redução no número de leitos e espaços de tratamento pelo SUS mesmo em comparação ao período anterior à pandemia. Em 2017, por exemplo, havia 221 leitos na rede pública, ou seja, 31% a mais do que o número atual. Esse número subiu para 223 em 2018 e 2019, os últimos anos antes da pandemia. Em 2020, durante o auge das medidas de isolamento social, a cidade contava com 227 leitos disponíveis.

Além disso, o anuário também revelou uma redução no número de leitos na rede privada de Americana. Em 2017, os pacientes com plano de saúde na cidade tinham acesso a 628 leitos de tratamento e internação. Em 2022, esse número caiu para 583, representando uma redução de 5,5%.

Durante esse período, duas grandes movimentações de mercado impactaram esses números. O Grupo Notredame Intermédica adquiriu a São Lucas Saúde, que possuía um hospital privado na cidade. Além disso, uma parte significativa das operações do PHS Samaritano foi transferida para o novo hospital próprio da rede, localizado em Santa Bárbara, que foi inaugurado em 2021.

 

Texto Por: Vitor de Carvalho

Supervisionado por: José Flavio Scavassa

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